Existem vários planos vibratórios no Cosmo e Deus, em sua benevolência, se manifesta por meio de vibrações peculiares a cada dimensão. Segundo Vovó Maria Conga, no livro de Ramatís, Evolução no Planeta Azul: a Apometria como Terapêutica do Homem-Espírito, psicografado pelo médium Norberto Peixoto, Orixás são essas vibrações cósmicas, forças sutis que chegam até nós e nos propiciam a manifestação da vida. Todo o Universo, portanto, tem a influência dos Orixás, como se eles fossem o próprio hálito de Deus.
As vibrações possuem comprimento e frequência e não são um estado de consciência de qualquer ser espiritual, já que os Orixás são aspectos vibratórios da Divindade que nos permitem transitar pelos vários ambientes da natureza, sentindo as energias que cada um contém.
Nós, seres reencarnados, acolhidos pela mãe terra em dado momento magnético-vibratório com respectiva correspondência loco-temporal, somos irresistivelmente regidos por parcelas dessas vibrações cósmicas que predominam em nossos corpos conscienciais. Daí dizermos que cada um de nós é filho de tal ou qual Orixá.
De acordo com Ramatís, no livro A Missão da Umbanda, cada Orixá ainda tem peculiaridades e correspondências próprias como: cor, som, mineral, planeta regente, elemento, signo zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades astro-magnéticas que compõem a magia da Umbanda, ao que se convencionou chamar de linhas vibratórias ou as Sete Linhas da Umbanda. Tais linhas não são estanques em si e se subdividem ainda em Orixás Menores (entidades espiritualmente elevadas), Guias (espíritos esclarecidos e trabalhadores do bem que dirigem trabalhos espirituais) e Protetores (espíritos que acompanham mais de perto os encarnados com seus aconselhamentos e proteção). Essas entidades se agrupam para formar outros graus hierárquicos, constituindo-se em legiões, falanges, sub-falanges ou agrupamentos espirituais outros, sempre vinculados às linhas vibratórias dos Orixás.
Por se encontrarem saturados da imantação magnético-espiritual proveniente de longa exposição a essas vibrações cósmicas, cada local de culto aos Orixás foram percebidos e absorvidos pela mitologia africana e suas variantes brasileiras, que, associadas aos mitos indígenas aqui já existentes, criaram uma representação personificada dos Orixás. Assim é que vemos as matas representadas por Oxóssi, o mar representado por Iemanjá, as águas doces representadas por Oxum, as campinas representadas por Ogum, as terras santas dos cemitérios representadas por Omulu, os ventos e trovões representados por Iansã, as pedreiras representadas por Xangô, etc.
Sem compreenderem de todo a origem dessas forças, convencionou-se cobrir a face dos “Orixás” (falangeiros que operam nessas vibrações) no Candomblé, quando o médium se encontra paramentado para receber a manifestação superior ao que um ser humano possa suportar. Isso não acontece na Umbanda, pois carece de embasamento científico. Orixás não incorporam, falangeiros sim.
Texto da apostila de Umbanda da Tenda Pai Joaquim D'Angola TPJA por Alcina Brasileiro
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